Seca extrema, queimadas e baixa qualidade do ar têm transformado Manaus, capital do Amazonas, em uma cidade apocalíptica. Especialistas em meio ambiente alertam para as dificuldades enfrentadas pelos moradores, agravadas pelas mudanças climáticas.
De acordo com o porta-voz do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, as comunidades mais afetadas pela seca têm enfrentado dificuldades de locomoção e acesso a serviços básicos como saúde e educação. Além disso, a falta de água potável tem sido um grande problema na região.
O Rio Negro, um dos principais afluentes do Rio Amazonas, registrou o nível mais baixo da história em Manaus. A seca extrema também tem prejudicado as comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para transporte e sustento.
A qualidade do ar em Manaus está abaixo do recomendado, devido à fumaça das queimadas. Os índices de poluição superaram os limites considerados seguros em diversos pontos da cidade.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado do Amazonas teve um número recorde de focos de queimadas em outubro, o que contribuiu para o agravamento da situação.
Apesar disso, nos últimos dias, a cidade registrou uma leve melhora na qualidade do ar devido às chuvas. A população é orientada a evitar exposição à fumaça e se hidratar adequadamente.
O governo municipal tem realizado a operação Estiagem para ajudar as famílias que vivem próximo ao Rio Negro, distribuindo cestas básicas e água potável. Além disso, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enviou brigadistas para combater os focos de calor na região.
A situação em Manaus evidencia a urgência de ações para combater as mudanças climáticas e proteger os recursos naturais da Amazônia. A seca extrema, as queimadas e a baixa qualidade do ar são apenas alguns dos problemas enfrentados pela cidade, que necessita de medidas efetivas para garantir o bem-estar da população e a preservação do meio ambiente.
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/populacao-de-manaus-sofre-com-seca-extrema-e-queimadas-recordes