Recuperação do Rio Negro após Seca Histórica no Amazonas
O Rio Negro no Amazonas alcançou nesta terça-feira (28) um nível de 22,09 metros, indicando uma recuperação notável após a seca mais severa dos últimos 120 anos, ocorrida em 2023. Desde o início do ano, o rio elevou-se 3,37 metros, com uma média de 12 centímetros diários, graças às chuvas que têm caído na região. Esse aumento no nível das águas alivia os efeitos da estiagem e começa a restaurar a rotina em setores vitais da economia e da vida na capital amazonense.
Impactos da Seca no Ano Anterior
No ano anterior, o Rio Negro atingiu um preocupante recorde de baixa, registrando 12,11 metros. Essa situação foi resultado de dois anos consecutivos de estiagens severas, que impactaram a paisagem local, o transporte e o turismo. A praia da Ponta Negra, por exemplo, foi significativamente afetada, com grandes áreas de areia expostas pela baixa das águas, o que reduziu o fluxo turístico.
Assistência às Comunidades Ribeirinhas e Retomada do Turismo
Em 2024, mais de 800 famílias ribeirinhas sofreram com a seca. A Defesa Civil do Amazonas desempenhou papel crucial, fornecendo insumos e assistência às comunidades mais vulneráveis. Com a recuperação dos níveis de água, o turismo está se reerguendo, principalmente com o retorno das temporadas de cruzeiros, que atraem turistas e geram emprego e renda.
Normalização do Transporte e Previsões Climáticas
O transporte de insumos para a Zona Franca de Manaus foi normalizado, após a construção de portos provisórios nos rios Amazonas e Madeira durante a seca. Essas ações emergenciais garantiram a continuidade da produção industrial. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que as chuvas estão dentro do esperado, e o fenômeno La Niña previsto para 2024 poderá intensificar ainda mais as precipitações na região, acelerando a recuperação dos níveis dos rios amazônicos.