Amazonas – O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM), Roberto Maia Cidade, enfrenta acusações de violência psicológica e ameaças contra sua ex-esposa, Lilian. O incidente, registrado em boletim de ocorrência, ocorreu em 9 de outubro e inclui mensagens agressivas enviadas por Roberto Cidade, nas quais ele teria feito ameaças de violência física e utilizado ofensas verbais.
No documento, a vítima descreve ter recebido mensagens do deputado expressando irritação pelo fato de uma amiga da irmã de Lilian ter permanecido em sua residência. Durante os ataques verbais, Roberto Cidade teria dito: “e se frescar vamos para porrada, eu te tiro de lá” e utilizado insultos como “sua puta, fudida, escrota, gorda” para a mulher, que é mãe de seus filhos.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher em Manaus, revelando um lado preocupante e contraditório de Roberto Cidade. O deputado, conhecido por defender as mulheres e combater a violência doméstica, agora enfrenta uma acusação séria que expõe comportamentos violentos e agressivos em sua vida pessoal.
Roberto Cidade recentemente apoiou o “Observatório da Violência contra a Mulher”, um projeto que busca criar políticas públicas para proteger as mulheres e combater a violência doméstica. No entanto, as acusações registradas na delegacia mostram um contraste alarmante entre seu discurso e suas ações. Ao promover a criação de espaços de apoio à mulher e leis mais rígidas contra a violência, o deputado agora é o alvo de uma investigação por comportamentos agressivos e desrespeitosos, em desacordo com o que ele prega.
A denúncia foi formalizada pela vítima na Polícia Civil, que deu início aos procedimentos legais. Lilian, acompanhada por um advogado, aguarda o desenrolar das investigações e possíveis desdobramentos do caso.
Até o momento, o deputado Roberto Cidade não se pronunciou publicamente sobre as acusações. Assim, a população do Amazonas aguarda o desfecho de um caso que levanta dúvidas sobre a postura de figuras públicas que, ao defenderem os direitos das mulheres, podem estar envolvidas em comportamentos contraditórios em sua vida privada.