Departamento de Notícias Brasil – O governo central autenticou o terrível estado de calamidade precipitado pelos chuveiros torrenciais e ventanias severas que assolaram Porto Alegre na última semana. Firmada pelo Secretário Cidadão de Segurança e Proteção Civil, Wolnei Wolff Barreiros, a Regulação nº 301, do Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, foi difundida na edição desta última sexta-feira (19) do Diário Oficial da União.
O conhecimento federal aconteceu na sequência da prefeitura da capital sul-rio-grandense proclamando o estado municipal de calamidade, considerando os danos resultantes do vendaval que atingiu a cidade na última terça-feira (16). Isso isentou os entes públicos de Porto Alegre de procedimentos autorizados para assumirem bens e utilidades necessárias à reparação dos prejuízos e reintegração dos serviços essenciais. Este edital também concede que a prefeitura solicite e beneficie-se mais rapidamente de auxílios financeiros federais e do estado.
“Nosso foco é a rapidez na restauração das atividades cotidianas da cidade ao encurtar o caminho para contratar serviços”, declarou o prefeito Sebastião Melo, na quarta-feira (17), refletindo sobre a situação municipal. “Estamos engajados na comunicação e escuta das comunidades”, continuou.
De acordo com a prefeitura, as chuvas que mais afetaram a cidade na noite de terça-feira levaram a prejuízos significativos e perturbação à população, interferindo nos serviços da cidade. Moradores de vários distritos sofreram com falta de eletricidade. Quartos de seis estações de tratamento de água da capital foram gravemente atingidas, colocando até 1,2 milhão de pessoas em risco de escassez de água se os equipamentos não forem consertados urgentemente. Entre a quarta-feira e a manhã seguinte, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) despachou 11 caminhões de água para socorrer hospitais e unidades de saúde que enfrentavam o perigo de escassez de água.
Segundo a prefeitura, mais de 100 unidades de saúde foram forçadas a limitar o atendimento devido a dificuldades técnicas, como falta de eletricidade, telefone ou internet. O hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) foi o local de saúde mais prejudicado em Porto Alegre. Uma parte significativa do telhado do hospital foi arrancada, levando ao alagamento da ala de Emergência e do Centro Diagnóstico por Imagem, e fazendo com que 32 quartos destinados ao Sistema Único de Saúde tornassem-se inoperantes. Estima-se que pelo menos 44 instituições educacionais na capital foram danificadas e sofreram perdas materiais. Diversos centros de assistência social também tiveram que parar temporariamente o atendimento.
Uma segunda regulação (nº 290) do Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional, divulgada hoje no Diário Oficial da União, justifica a situação de emergência em 21 outros municípios do Rio Grande do Sul.
A regulação, novamente assinada pelo secretário nacional de Segurança e Proteção Civil, aborda a condição de cidades impactadas por chuvas intensas, cheias, granizo e ventanias entre os dias 20 de outubro e 24 de novembro do ano passado. Entre as cidades estão Alpestre; Alto Feliz; Aratiba; Barão; Barão de Cotegipe; Bento Gonçalves; Braga; Cerro Largo; Feliz; Flores da Cunha; Independência; Jaquirana; Jóia; Pejuçara; Porto Lucena; Salvador do Sul; São José do Hortêncio; Tunas; Tupandi; Vale Real e Vista Gaúcha.
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Fonte: https://portaltucuma.com.br/fortes-chuvas-deixam-porto-alegre-em-situacao-de-emergencia-pv92/