Médicos do Amazonas protestam por salários atrasados e melhorias na saúde pública
A partir desta sexta-feira (1º), médicos do Amazonas decidiram reduzir os atendimentos a pacientes do Estado como forma de protesto. Eles reivindicam o pagamento de salários atrasados e ações para melhorar o sistema de saúde pública.
O governo do Amazonas ainda não se pronunciou sobre o protesto, que tem impacto nos atendimentos não urgentes da rede ambulatorial em unidades de saúde como os hospitais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo, além dos SPAs e UPAs.
Segundo o diretor da Cooperativa de Clínica Médica, Victor Hugo, a medida afeta principalmente as consultas agendadas nas policlínicas. Os pacientes não atendidos durante o protesto terão que remarcar suas consultas.
Os atendimentos urgentes e emergentes continuarão sendo realizados em todas as unidades de saúde.
Entre as reivindicações dos médicos está o pagamento dos salários atrasados referentes a 2021 e 2022, além dos meses de agosto, setembro e outubro de 2023.
Além disso, os profissionais também pedem o abastecimento das unidades de saúde com produtos para o atendimento aos pacientes. Eles relatam falta de medicamentos e materiais para cirurgias, o que prejudica o tratamento e aumenta o tempo de internação.
Um documento assinado por 15 instituições representantes dos médicos no Amazonas foi entregue ao governo do estado, que informou ter solicitado a liberação de mais de R$ 453 milhões para pagamento de despesas atrasadas.
Até o momento, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM) não se pronunciou sobre o assunto.