Na última quarta-feira, no Amazonas, emergiu uma discussão intensa nas redes sociais acerca da autorização para que a empresa Potássio do Brasil opere em Autazes, uma região interiorana do Amazonas. O debate girava em torno de uma publicação controversa que foi rapidamente etiquetada como desinformação. O Portal CM7 Brasil mergulhou na investigação dessa alegada notícia falsa, trazendo à tona documentos que fortalecem a posição de que as comunidades indígenas locais de fato veem o projeto com bons olhos, antevendo benefícios para a área.
De maneira específica, um documento fundamental, assinado pelo tuxaua José Antônio da Silva Lima, líder da terra indígena do Lago do Paracuúba, delineia a posição da comunidade. O texto esclarece que uma comissão de lideranças é a única entidade autorizada a expressar a opinião da tribo. “A partir de agora, NÃO PERMITIREMOS que outrem fale ou elabore documentos em nome da Aldeia Paracuúba sem o consentimento do tuxaua e da comissão”, destaca um trecho do documento.
A liderança também questiona a veracidade da notícia que sugere a existência de uma carta de repúdio enviada ao Ministério Público Federal (MPF). “Em momento algum houve a emissão de uma carta de repúdio contra a autorização de funcionamento da empresa”, esclarece outra parte do documento.
Adicionalmente, os povos indígenas manifestam sua discordância com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Norte I e com a Rede Eclesial Pan-Amazônica Brasil, os quais divulgaram uma nota alegando oposição à instalação da Potássio do Brasil. Contudo, conforme expresso pela liderança indígena, essa posição não reflete a verdade e o desejo da comissão de liderança.
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