“Filme raro do cineasta Silvino Santos, ‘Amazonas, o maior rio do mundo’, será exibido no icônico Teatro Amazonas em Manaus”
Após quase um século desaparecido, o filme histórico “Amazonas, o maior rio do mundo”, dirigido pelo cineasta Silvino Santos, finalmente encontrou seu caminho de volta à tela grande. A obra será exibida no prestigioso Teatro Amazonas, em Manaus, nesta sexta-feira (29), às 20h, com entrada gratuita para o público.
Considerado perdido desde a década de 30 do século passado, o ressurgimento desse filme é um evento verdadeiramente especial e emocionante para os amantes do cinema e para a cultura brasileira como um todo. A descoberta ocorreu recentemente na Cinemateca de Praga, na República Tcheca, onde o filme estava guardado.
Filmado em 1918, “Amazonas, o maior rio do mundo” captura a beleza e a diversidade da região amazônica, com ênfase em locais como Belém, campos do Marajó, Santarém, Itacoatiara, Manaus e o rio Putumayo. O filme oferece uma experiência cinematográfica única, revelando uma viagem fluvial pelo lendário rio Amazonas.
Depois de uma década de exibições em vários países europeus, o filme desapareceu misteriosamente. Sua identidade só foi confirmada este ano, graças à pesquisa de doutorado realizada por Sávio Stoco, um pesquisador amazonense da Universidade Federal do Pará.
Stoco relata que o curador inglês Jay Weissberg, responsável pelo Festival de Cinema Silencioso de Pordenone, entrou em contato para avaliar alguns filmes sul-americanos encontrados na Cinemateca de Praga. Ao analisar as imagens e as descrições, Stoco reconheceu que se tratava do filme perdido de Silvino Santos.
No entanto, havia um pequeno obstáculo. Os intertítulos estavam em tcheco, e o título traduzido era “As maravilhas do Amazonas”, sem mencionar o diretor ou o país de produção. Após meses de análise minuciosa, ficou claro que o filme era realmente a obra perdida de Silvino Santos.
A exibição no Teatro Amazonas é uma ocasião especial para celebrar o retorno desse filme aos seus lugares de origem. O pesquisador Sávio Stoco expressou sua empolgação e apreço por essa oportunidade única. Ele enfatizou que todas as sessões anteriores foram importantes para a compreensão e apreciação do significado dessa descoberta, mas Manaus, a cidade de origem do filme, é o lugar ideal para sua exibição.
Stoco ressalta que o Teatro Amazonas é um verdadeiro tesouro iconográfico para artistas da época de Silvino Santos, e a pintura “As Garças” reproduzida pelo cineasta no filme faz referência a um dos painéis que adornam o Salão Nobre do teatro. A conexão entre o filme e o local de exibição torna essa ocasião ainda mais especial e significativa.
Portanto, para os amantes do cinema e da história, a exibição de “Amazonas, o maior rio do mundo” no Teatro Amazonas é um evento imperdível. Essa obra-prima cinematográfica ressurgiu das sombras, proporcionando uma visão única da Amazônia e do rio que a atravessa. Não perca a oportunidade de testemunhar essa redescoberta cinematográfica no coração da floresta amazônica.