Mundo – Nesta terça-feira (5), os Estados Unidos deram início às votações presenciais para escolher o próximo presidente em uma disputa altamente aguardada. Os eleitores decidirão entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, em uma corrida que promete ser intensa até o último momento. Estados cruciais como Pensilvânia, Wisconsin e Arizona mais uma vez terão uma participação decisiva no resultado final.
**Participação recorde na votação antecipada**
O período de votação antecipada, que precedeu o Dia da Eleição, viu um número impressionante de 80 milhões de votos registrados, conforme dados coletados. A significativa adesão, especialmente por meio de votos por correio e presença antecipada, destaca o alto nível de engajamento dos eleitores durante um período de intensa polarização política e tensões sobre questões econômicas e sociais nos EUA. Apesar de incidentes pontuais, como problemas técnicos no Colorado e falta temporária de cédulas na Pensilvânia, o processo de votação antecipada ocorreu de forma bastante tranquila e teve suas questões logísticas resolvidas rapidamente.
Kamala Harris, a candidata democrata, optou por participar da votação antecipada, enviando sua cédula pelo correio e expressando sua intenção de votar na Califórnia, seu estado natal. Em contraste, Donald Trump escolheu votar pessoalmente em Palm Beach, Flórida, onde demonstrou confiança na vitória republicana. Acompanhado por sua esposa Melania, Trump ressaltou a forte presença de eleitores conservadores nas urnas, afirmando que, em sua análise, “não será nem um pouco apertado”, apesar de o processo de contagem dos votos por correio ser geralmente mais moroso.
**Esforços finais na corrida pela Casa Branca**
Na reta final da campanha, ambos os candidatos intensificam suas agendas. Kamala Harris concentra-se em mobilizar eleitores indecisos em estados decisivos, especialmente por meio de aparições em programas de rádio locais. Em cidades como Pittsburgh, Pensilvânia, e Atlanta, Geórgia, ela reafirmou seu compromisso com políticas que favoreçam a população em geral, almejando um país mais coeso. Harris planeja acompanhar a apuração dos votos em Washington, D.C., mantendo a tradição de jantar com a família antes de se concentrar nos resultados.
Donald Trump, por sua vez, mantém suas mensagens aos apoiadores leais, enfatizando que, se a contagem dos votos se prolongar, poderão surgir questionamentos sobre a legitimidade do processo eleitoral. Esta abordagem, já familiar de sua campanha anterior, cria um clima de cautela, principalmente entre analistas que monitoram possíveis atrasos em estados como Pensilvânia e Wisconsin, onde a contagem dos votos pelo correio só começará após o fechamento das urnas.
**Expectativas para os estados decisivos**
Sem uma Justiça Eleitoral centralizada nos EUA, cada estado segue seu próprio ritmo na contagem dos votos, e eleições anteriores mostram que os resultados nos estados-chave podem surgir em momentos distintos ao longo da semana. Na eleição de 2020, por exemplo, estados como Wisconsin, Arizona e Michigan declararam resultados no dia seguinte, enquanto Carolina do Norte e Pensilvânia precisaram de mais dias para finalizar suas contagens.
Os eleitores americanos continuam a se dirigir em massa para as urnas, e o mundo aguarda ansiosamente o desfecho dessa acirrada disputa. Atualizações ao vivo durante o dia acompanharão os números preliminares e os primeiros sinais de vitória em estados estratégicos.