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Delegado preso assume chefia da Polícia Civil um dia antes do caso Marielle

Foto: divulgação

No último domingo (24), um acontecimento significativo mobilizou a Polícia Federal (PF): a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, figura que, em 2018, assumiu um posto crucial na segurança pública do Rio de Janeiro. Em 8 de março daquele ano, ele foi designado para liderar a Polícia Civil do estado, um cargo ao qual se integrou oficialmente cinco dias mais tarde. Vale ressaltar que sua nomeação se deu sob a autoridade do general Walter Braga Netto, que à época comandava a intervenção federal na segurança carioca, assinando o decreto que colocou Barbosa no comando. Esta nomeação ocorreu em um momento crítico, exatamente na antevéspera do trágico assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, seu motorista.

A seleção de Barbosa para tal posição não foi sem controvérsias. Antes de sua nomeação, a equipe de inteligência da Polícia Civil já mostrava resistência ao seu nome, um detalhe que não impediu o general Braga Netto de mantê-lo à frente da instituição. Braga Netto, que assumiu a responsabilidade pela segurança no estado a pedido do então presidente Michel Temer, mais tarde fez a transição de militar da reserva para político, ocupando inclusive o cargo de ministro chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro. Atualmente, Braga Netto enfrenta investigações relacionadas a alegações de planejamento de um golpe de Estado.

O mandato de Barbosa à frente da Polícia Civil do Rio foi marcado por declarações de combate à corrupção. Contudo, investigações subsequentes sugeriram o contrário. Alega-se que ele teria cooperado para esconder os responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco, negociando com figuras influentes para impedir o progresso das investigações. De acordo com relatos da PF, Barbosa chegou a receber uma quantia significativa para obstruir as investigações sobre o homicídio, algo que ele nega.

Desvios e manobras parecem ter sido uma tática do ex-chefe da Polícia Civil, especialmente durante as apurações do caso Marielle Franco. Informações incorretas foram propagadas, numa tentativa de desviar o foco das investigações. Em um dos episódios, informações falsas foram transmitidas ao delegado responsável pelo caso, levando à detenção de um indivíduo sob alegações posteriormente refutadas pela PF.

Barbosa, que possui formação em Direito, manteve uma presença ativa nas redes sociais, compartilhando sua atuação como docente. Figuras políticas como Marcelo Freixo expressaram indignação e surpresa diante das acusações que agora pesam sobre Barbosa. Freixo recorda como confiou em Barbosa na busca por justiça para Marielle e Anderson, destacando o quão reveladoras são as recentes revelações sobre o caso.

Na busca por esclarecer o crime contra Marielle Franco e Anderson Gomes, Barbosa, em um momento, garantiu à imprensa e ao público que todas as medidas necessárias seriam tomadas. Este caso, marcado pela gravidade e pela ameaça que representa à democracia, continua a provocar questionamentos sobre a integridade das instituições de segurança e sobre a justiça no Rio de Janeiro.

(Fonte: Agência Brasil)

Fonte: https://folhadesorocaba.com.br/de-volta-sorocaba-reinaugura-unidade-do-sabe-tudo-conect-apos-anos-de-inatividade/