Turistas provenientes da Austrália, Canadá e Estados Unidos, portando passaportes comuns, receberam uma notícia favorável: continuarão a ter acesso ao Brasil por meio de suas fronteiras terrestres, portos e aeroportos sem a necessidade de um visto. Esta determinação vem de um decreto divulgado em uma edição especial do Diário Oficial da União, na última terça-feira (9), que prorrogou a obrigatoriedade do visto até 10 de abril de 2025, uma postergação de um ano em relação ao que estava previsto.
A medida, que estava originalmente programada para começar em janeiro deste ano, já havia sido prorrogada anteriormente pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). A justificativa para tal adiamento centrou-se na prevenção de possíveis impactos negativos sobre o turismo durante a alta temporada.
A Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) declarou estar em constante comunicação com companhias aéreas, associações de operadores turísticos e agências de viagens dos países afetados, informando sobre tal atualização.
A importância desta decisão governamental é crucial para a preservação do crescimento do turismo proveniente de mercados internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que se destaca como o segundo maior emissor de turistas para o Brasil em 2023. Este país enviou 668.478 turistas ao Brasil, representando 11,31% do total. Além disso, a chegada de americanos ao Brasil nos primeiros dois meses do ano foi 11% maior que no mesmo período do ano anterior, ressaltando a relevância desta relação para o setor turístico brasileiro.
No que se refere à reciprocidade de visto, desde 2019, turistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão não necessitam de visto para visitar o Brasil. Contudo, até então, essa flexibilização não foi reciprocada pelos mencionados países, mantendo a exigência para brasileiros. Apesar dessa falta de reciprocidade, em um desenvolvimento positivo, o Japão firmou um acordo com o Brasil para isenção mútua de visto, aplicável a viagens de até 90 dias, entrando em vigor em setembro do ano passado.
Esta política facilitadora do ingresso ao Brasil sublinha um esforço contínuo em fomentar o turismo e fortalecer as relações internacionais, especialmente em um momento em que o setor busca sua recuperação e expansão após desafios globais.
